domingo, 13 de maio de 2012

Escravos da República






Muito se fala em um Império brasileiro escravista. Pouco se fala nos esforços realizados por esse mesmo Império para libertar seus escravos. Pouco se fala no ardor com que lutou D. Pedro II e a sua filha Princesa Isabel até que se pudesse chegar ao 13 de maio de 1888, assinatura da Lei Áurea. E para entender melhor sobre a ideia de Império Abolicionista, veja a série de postagens referentes a esse tema. (Aqui mesmo no Blog. Clique em  PARTE I - PARTE II - PARTE III - PARTE IV)

Acontece, meus caros leitores, que é muito mais sensato se falar em uma República escravista, não porque temos um regime escravocrata "no papel", isso se foi há 124 anos graças aos esforços de muitos e contra a vontade dos latifundiários escravistas que, por não terem conseguido indenizações, foram para o lado republicano e ajudaram no golpe de 15 de novembro de 1889, mas muito mais pela forma como somos tratados desde os primórdios republicanos.

Somos o pior tipo de escravos, aqueles que obedecem a um senhor corrupto e mal intencionado travestido em uma capa de democrático. Somos escravos sem saber. Somos escravos bradando aos quatro cantos que somos livres. Somos obrigados a votar ou estaremos em débito com a Justiça Eleitoral, fanzendo-nos cidadãos sem plenos direitos. Somos escravos de governantes que aumentam seus próprios salários de forma absurda e que nos trata como gado. Pior de tudo, nós não nos importamos, pois já aceitamos e acatamos a posição de escravo que nos foi imposta.

 Somos escravos em nossa casa, local onde aparentemente não é mais uma fortaleza pessoal impenetrável ao "politicamente correto". Não podemos guiar os rumos de nossa família como bem entendermos, segundo nossas tradições, pois o patrulhamento ideológico está sempre a bater em nossa porta. Não podemos falar o que pensamos, ou seremos processados por pessoas mal intencionadas. Não podemos educar nossas crianças da forma que queremos, pois todas devem ser presas fáceis para o maior dos predadores: o governo. Nos tacham de homofóbicos, racistas, preconceituosos, por não concordarmos com alguma coisa ou com alguém. Não há respeito, e se exige muito mais do que ele.

São outros tempos... São outros "senhores de engenho"... são outros "negros"... e é outra escravidão. Muito pior do que a física. Muito mais maléfica. Muito mais daninha. Escravizam nossas mentes. Já há algum tempo eu venho dizendo que o momento dos Monarquistas agora é de Ouro. Não basta vontade para se quebrar essas algemas ideológicas e mentais, precisa-se de esforço. Não apenas do esforço de todos nós, que lutamos e almejamos um País forte, sério e respeitado, mas um esforço guiado pelo mesmo sangue que lutou e assinou a Lei Áurea. Queremos uma retomada, mas não queremos entregar o Trono para alguém que não participou da luta, que não liderou, que não chamou a responsabilidade para si sem se importar com o que os pequenos fossem pensar.

Levante-se Herdeiro(a)! Os Monarquistas não farão nada sem a sua peremptória liderança. E caso o façam... Talvez o Trono não precise de um simbolismo apenas. Colocaríamos uma estátua de D. Pedro I sentado nele!