Sua Majestade Imperial D. Pedro I
Não é de hoje que se fala em "LIDERANÇA" como uma das principais exigências da nossa sociedade. Desde cedo somos provocados a exercer tal habilidade. Há lideranças em salas de aula, em colégios, em bairros, cidades, eventos... enfim, sempre a figura do líder é fundamental. Aquele que tem o poder de encorajar. Aquele que tem as palavras certas para os momentos mais incertos. Aquele que faz com que se crie um laço que nos une a ele, pelo mesmo ideal, pela mesma causa.
D. Pedro I, foi um importante e, ao meu ver, o principal líder que esta Nação já teve. Foi ele (não sozinho, é claro), que se pôs à frente do processo de nossa Independência. Lutou contra seu próprio país, lutou contra sua própria família, lutou contra seu pai, em prol de uma Nação livre. Um verdadeiro líder que fez o que achou correto num momento em que se exigia uma decisão. Poderia ter recuado. Poderia ter escolhido outras formas para agir. Escolheu a felicidade geral na Nação.
O Movimento Monárquico não pode ser saudosista simplesmente, mas é inevitável recuperar a imagem dos nossos mais ilustres brasileiros! Sim, Pedro I era português, mas ser "brasileiro" está muito além do que a ideia de "nascer em solo brasileiro". Alguém que conhece a história de D. Maria Leopoldina, primeira mulher a governar o Brasil, há de duvidar de sua brasilidade, mesmo tendo nascido na Áustria? Pois bem. Essas menções aos nossos grandes ícones do passado, não podem ser confundidas com meros saudosismos. Elas são resgates históricos de um passado que fundamentou as bases de nossa Nação. Em outras palavras, são nossas raízes, que foram insistentemente cortadas com o início da república no Brasil. Nada mais óbvio, um sistema que derrubou outro realizar um processo de desconstrução e criação de falsos novos ícones, desta vez, bem longe de serem monárquicos, mas republicanos.
A liderança do Movimento Monárquico atual, é frágil. E falo isso como um monarquista preocupado em manter o sonho de Restauração. Já disse em outros textos que Encontros Monárquicos com palestras e mais palestras podem até ser importantes, mas servem basicamente para falar a menos de uma centena de pessoas, que já compactuam com o ideal monárquico e que vêem no encontro uma chance de estar perto da Família Imperial Brasileira, como se isso fosse um sinônimo de status. Os Encontros devem continuar, ao meu ver, mas devem ter outro foco. Devem se preocupar em ouvir monarquistas de todo o Brasil. De discutir maneiras de atingirmos a população em geral. A internet está aí como uma ferramenta maravilhosa a proporcionar esse contato mais próximo entre todos, inclusive (e principalmente) Família Imperial Brasileira.
No último Encontro Monárquico (XXII) qua aconteceu no último dia 30 de junho, no RJ, escutei as palavras de D. Antônio, D. Rafael e D. Bertrand. Chamou-me a atenção as últimas palavras de D. Antônio, as quais transcrevo:
"(...) Esse é o papel que nós todos, da Família, estamos prontos a apoiar e trabalharmos juntos, e lutarmos ir pra frente de batalha, junto com todos os senhores e senhoras que estão aqui presentes."
"(...) Esse é o papel que nós todos, da Família, estamos prontos a apoiar e trabalharmos juntos, e lutarmos ir pra frente de batalha, junto com todos os senhores e senhoras que estão aqui presentes."
As palavras são bonitas, mas não é de hoje que a Família defende que os monarquistas devem ir à luta, pois se eles também forem, parecerão advogar em causa própria, e dizem que não seria bem quisto. A pergunta é: Não seria bem quisto por quem? Garanto que os monarquistas do Brasil, que muitas vezes se sentem órfãos de lideranças, iriam adorar olhar à sua frente e ver um verdadeiro líder. Um líder que não se importa com a possível opinião dos políticos e da mídia. Ele (o líder) deveria estar preocupado com a opinião das únicas pessoas que, no momento, o apoia: os monarquistas do Brasil. Nós QUEREMOS um líder! Nós QUEREMOS saber que não estamos nessa sozinhos. Para isso, precisamos estreitar esses laços. A Família precisa se mostrar presente... mas não apenas em palestras e encontros. Como sabemos que o financeiro é um obstáculo, como estreitar então esses laços por todo o Brasil? Com o que sempre venho comentando: REDES SOCIAIS! Precisamos de, por exemplo, um Twitter oficial da Casa Imperial, que seja ativo. De preferência, um twitter pessoal dos príncipes. D. Rafael bem que poderia tomar para si essa responsabilidade, pois é o mais novo e, teoricamente, está mais próximo dessa realidade.
Sendo gestor de sua própria conta, ele pode ser o elo entre os monarquistas do Brasil e D. Luiz, por exemplo. Um Chefe da Casa Imperial Brasileira que praticamente não vemos ou ouvimos. Não se exige dinheiro para uma conta no Twitter. Não se exige tempo, pois hoje em dia se pode "tuitar" pelo celular em dois minutos de folga do trabalho ou antes de dormir. O que se exige é Responsabilidade... e não podemos partir do pressuposto que D. Rafael não a tenha, pois sabemos que príncipes são educados desde cedo para ser Chefe de Estado um dia. Aos mais de 25 anos, seria preocupante se D. Rafael não tivesse.
Portanto, não há empecilhos, ao meu ver, para se dar esse pequeno e importante passo. Basta boa vontade, acredito. Ahh... boa vontade e um pouco do que se mais precisa nesse Movimento:
LIDERANÇA!
Abaixo, um vídeo alegórico, mas muito expressivo que sintetiza a preocupação contida nesta postagem. Dois exemplos diferentes de reis nas telonas. Não deixem de ver o vídeo completo: