vocês estavam esperando que a próxima postagem, como dito anteriormente, seguiria uma sequência de apresentações sobre os sucessores diretos do Trono Imperial Brasileiro. Entretanto, o dia de hoje, 13 de maio, requer uma lembrança, e aqui está ela!
Um dos principais argumentos que escuto das pessoas que são contra a Monarquia, é o fato da escravidão ter durado tanto no Brasil. Costuma-se falar, erroneamente, que a Monarquia era escravocrata. Contudo, parece que ignora-se o verdadeiro (ou um outro) lado da moeda.
Ainda com D. Pedro I, a escravidão já não era bem quista, porém, com seu filho, o Imperador D. Pedro II, essa repulsa se tornou mais evidente. Quando se tornou maior de idade, Pedro II, com 14 anos, recebeu de herança certa quantidade de escravos e libertou a todos. No Palácio Real não trabalhavam escravos nem para o Imperador, nem para a Princesa Isabel, que preferiam pagar salários.
Desde tenra idade, devido a educação que recebeu, Pedro II nunca acreditou na teoria de diferenciação racial. Possuiu grandes amigos negros. Um deles, Rafael, veterano da Guerra da Cisplatina, morreu (já na casa dos 80 anos) em 15 de novembro de 1889, quando soube que seu amigo, o Imperador, seria exilado. Seu outro amigo, veterano da Guerra do Paraguai, era também um negro chamado Cândido da Fonseca Galvão, figura quase folclórica no RJ, líder da comunidade de Negros Livres da cidade. Além do engenheiro André Rebolças, que autoexilou-se em solidariedade à Família Imperial após o Golpe Republicano.
Apesar da Princesa Isabel ter sido quem assinou a Lei Áurea (lei que aboliu a escravidão no Brasil), pois seu pai e Imperador estava na Europa, foi ele (D. Pedro II) que se tornou grande ícone deste feito. O historiador Heitor Lyra em sua biografia acerca do Imperador "História de D. Pedro II", v.3, asseverou:
"O inspirador da campanha [abolicionista], o estrategista dela, a alma do movimento, aquele que buscara o general [Presidente do Conselho de Ministros] e o colocara na frente das hostes [Assembléia Geral], que lhe armara o braço e o prestigiara na avançada, com uma decisão sempre firme, constante, fiél - fora o Imperador."
Pena de ouro usada pela Princesa para acabar com a escravidão no Brasil.
O interesse da escravidão no Brasil era dos grandes latifundiários, que os utilizavam em benefício próprio. Quando a Lei Áurea foi assinada, em 13 de maio de 1888, sem receber nenhuma indenização, os latifundiários pulam para o lado republicano e junto com um pequeno grupo do Exército ajudam no Golpe que retirou, ilegalmente, o primeiro sistema de governo do Brasil.
Enfim, muito há a ser contado, mas, para que possa atingir um maior número de leitores, reduzo esta postagem até este tamanho. Creio que nessas poucas linhas, posso ter proporcionado uma visão diferente da Escravidão x Monarquia. Peço que, se você se interessou pelas informações, busque estudar e procurar por novas.
Vivas à Princesa Dona Isabel, a Redentora!
Lei Áurea
Dessa vc tinha falado, mas eu não sabia desses detalhes.... kkkkkk me sinto mais bem informado agora!!! hehehehehe
ResponderExcluirMuito bom saber disso... Parabens Moore
Caro Tronn,
ResponderExcluirQue bom! A informação é um dos objetivos principais deste blog!
Obrigado pelo comentário, sempre presente, diga-se de passagem!