terça-feira, 10 de abril de 2012

Dos Súditos, ao Rei

Coroa de D. Pedro I
Quem da Família Imperial há de herdar sua determinação?

Nenhum sistema de governo é tão interessante como a Monarquia.

Em sua obra “O Espírito das Leis”, o filósofo e um dos grandes iluministas franceses, Charles Montesquieu, defende a Honra como norteador do sistema Monárquico; a Virtude (entendida como a virtue, a honestidade, a probidade e zelo pelo bem público) como azimute republicano; e a Força (no sentido de ditadura) como carro chefe do Autoritarismo. Ainda aproveitando-se de suas reflexões, o responsável pela tripartição dos poderes diz que para uma República que perdeu sua Virtude, para uma Nação onde a honestidade perdeu vez e a corrupção se fez presente, a volta à normalidade é impossível. A República está perdida. Fadada ao fracasso.

As palavras quase que proféticas do iluminista, nos faz refletir sobre a situação na qual se encontra o nosso Brasil. Não é de hoje que se esvaíram os exemplos de homens públicos honestos e honrados. Sem pessoas nas quais se espelhar, o povo, em geral, sofre do mesmo mal, pois se os líderes máximos da Nação não cumprem as leis nem fazem suas partes, o Contrato Social proposto por outro pensador, Jean Jacques Rousseau, é desfeito, ou pelo menos, deveria ser. Uma parte do Povo não será cumpridora das leis, se essas não forem seguidas nem pelos que as formulam. Como o autoritarismo não é a melhor das opções, voltemos os olhos para a Monarquia.

Ser Monarquista, antes de tudo, é ter amor e respeito pela Egrégora. “Egrégora” pode ser compreendida como a somatória de energias mentais criadas por grupos, ou agrupamentos, que se concentram em virtude da força vibratória gerada ser harmônica. Em outras palavras, a força mental produzida pelos bons sentimentos de vários, convergidos no Um. A Egrégora não morre, adormece.

Dos sistemas de governo existentes, a Monarquia é o único que faz parte do imaginário das pessoas. É algo que tem um quê de “Mágico”. Não existem contos de fadas sobre presidentes ou líderes totalitários. Eles existem no contexto de reis, reinos, príncipes e princesas. A atuação do Chefe de Estado na figura de um “Alguém” apartidário é o verdadeiro poder do Povo. É a personificação da Egrégora Nacional no Um. É a Democracia Coroada, com o perdão do trocadilho.

Mas e quando falta esse “Alguém”? Quando a Egrégora de um Gigante Império está adormecida, o que esperar? O que fazer? Cheguei a conclusão que nada podemos fazer enquanto o responsável por incorporar essa Egrégora não apareça. Nenhuma passeata, nenhum discurso, nenhuma palestra adiantará se não estiver apoiada por uma pessoa, não que vá até o abismo onde está o povo, mas que o retire daquelas profundezas. Alguém que reivindique para si o trono que lhe foi tomado. Alguém que honre o sangue derramado por tantos brasileiros em épocas passadas, apenas lutando pelo que se acreditava. Alguém que honre o nome e sobrenome dos que ajudaram a criar este país. Faz-se imperante que surja uma pessoa forte, que pouco se importe com as opiniões medíocres e que muito se importe com os anseios e clamores dos brasileiros por um Brasil respeitado.

Queremos Alguém que mereça exercer sua realeza. Alguém que não tenha medo de comprar para si a batalha lutada por tantos ao longo da História. Alguém que grite em alto e bom som que é contra esses insultos diários à Nação. Alguém que faça justiça histórica contra um Imperador e uma Família escorraçada às pressas à surdina da noite por golpistas preocupados com interesses próprios. Precisamos de Alguém que tome para si as atitudes ousadas de um D. Pedro de Alcântara, Primeiro Imperador do Brasil, capaz de decidir os rumos de uma Nação sem medo dos desafios à sua frente. No momento, por mais magnânimo que tenha sido, não é hora para um D. Pedro II, é hora de abrir espaço para um novo D. Pedro I. Um líder nato com carisma e impactante! Temos gente de seu sangue, o que parece que não temos é a sua coragem!

A Monarquia não caiu para aqueles que são Monarquistas! A Monarquia está adormecida, como nos mais interessantes contos. Ela está à espera de um Imperador. Alguém que já nasceu ou há de nascer, mas que reclamará para si o legado de todo um Povo. Um Alguém que não terá receio de liderar um grupo que clama por liderança. Alguém que não se surpreenderá com o tanto de seguidores que terá, pois quando este Alguém preparado decidir se levantar, ele reconhecerá os seus súditos, sabendo, de algum modo, que eles estavam à sua espera. Aqueles que talvez, noutros tempos, brandiram suas espadas juntos por um ideal. Não será outro Imperador... Não será outro Povo... Tudo fará parte de uma mesma Egrégora despertada, renascida. Somos os mesmos sempre, ainda que em épocas diferentes.

Se este Alguém decide se acalmar; se este Alguém decide esperar; Se este Alguém decide perpetuar o sono nostálgico por tempos melhores; Se este Alguém se contenta com palestras; Se este Alguém tem medo ou receio de perder algum benefício... Este Alguém não é de quem precisamos. Ter Sangue Real não é apenas nascer filho de Rei. É ter, antes de mais nada, atitude de Rei. É ter majestade. É SER Majestade! Ser Rei é levar um fardo. É merecer a Nação que representa. É um caminho de honra de ida e volta. Nosso povo merece um Rei.

            É visível que temos uma Família Imperial, e isso não nos é novidade. Mas parece que não temos um Rei. A pergunta que não sai da mente dos que anseiam por tempos melhores é: Temos “este” Alguém? Temos o herdeiro da Egrégora? Temos um Imperador? Se tivermos, que ele se apresente à Luta, donde nunca foi do feitio deste Povo, fugir.

7 comentários:

  1. Que Deus inflame nesses apáticos príncipes o espírito de Pedro I, nosso saudoso imperador :)

    ResponderExcluir
  2. Não preciso nem comentar que sempre achei ausente a posição da família real né? Até vc me falar sobre eles, sinceramente eu desconhecia a existência!!!

    Sempre achei que a participação dos mesmos deveria ser mais ativa de forma a se fazer conhecer, independente de que tipo de represália possa vir ou não a acontecer.

    Como vc disse, ser rei antes de tudo não é nascer na família real, ser rei é ser capaz de aguentar o fardo!!!!

    Parabens pela postagem...

    ResponderExcluir
  3. Você já parou para analisar o quanto é feito pelos príncipes do ramo primogênito da Família Imperialdo Brasil (dito "de Petrópolis")?
    Ações sem pretensões monárquicas aparentes, mas com imensa repercussão no coletivo social. Difundindo de maneira altamente positiva a história imperial e os membros da dinastia nacional.

    Eu não tenho dúvidas, de que "suas altezas petropolitanas" fazem muito pela monarquia!

    ResponderExcluir
  4. Nenhum membro da família imperial está correspondendo à altura do movimento. São bitolados que não arregaçam as mangas pela causa monarquista. Querem derrubar a República dos poderosos sendo pobres e sem arregaçarem as mangas. Para mim o movimento não está valendo a pena, está impopular e uma porcaria. O que é uma pena, valeria a pena entrar na briga por uma causa monarquista decente.

    Petrópolis e Vassouras, junta tudo e joga fora. Se você sair na rua e perguntar quem são, ninguém saberá quem. Isso porque ninguém realmente liderou um movimento, criou do nada, só querem saber de mole.

    ResponderExcluir
  5. Um belíssimo texto e digno de um defensor da Egrégora Nacional.
    Como já conversamos, inclusive, Suas Altezas estão esperando que o movimento se vença por si só sem dar a devida atenção, a devida ação e a devida atitude para que o movimento monárquico vença a vil República à qual sob pressão temos de "bancar". Suas Altezas deveriam sim ter o espírito de Sua Majestade D. Pedro I que lutou sem se importar com consequências e por uma causa sublime. D. Pedro I em coragem para ir a luta, D. Pedro II em serenidade e sabedoria!

    Parabéns pelo texto, meu amigo!
    E Viva o Império do Brasil!
    E digo mais: ainda tenho esperança que as coisas mudem de rumo!

    ResponderExcluir
  6. Não sei se já foi colocado aqui no blog, mas penso que seria interessante analisarmos os casos de países que retomaram a Monarquia, por exemplo a Espanha. Como foi o processo, a participação do pretendente ao trono, etc.

    ResponderExcluir
  7. Seria uma boa se a Família Imperial passasse a exigir os direitos de criar a própria propaganda em horários políticos obrigatórios. Eles têm que exigir isso, é direito deles. Só assim o povo passaria a conhecê-los com mais eficiência.

    ResponderExcluir