segunda-feira, 22 de julho de 2013

O Bebê Real


 Saudações, meus caros leitores! Como todos estão passando? 

A postagem desta semana está sendo escrita sob a beleza das melodias dos Beatles! Pura homenagem... Depois do "Casamento Real" (clique para ler minha postagem em outro blog), e o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II, chegou a vez de postar sobre o fruto do tão aclamado casamento: o bebê real!

Para nós, brasileiros, esses eventos só chamam a atenção por pura curiosidade. Para nós, a Monarquia ainda se faz tão distante quanto são os contos de fadas. Obra da república pós golpe de 15 de novembro de 1889. Mas esse não é, especificamente, o assunto de agora! Seja por curiosidade ou por admiração, o fato repercute por aqui! Mas e por lá?? E pela terra dos Garotos de Liverpool? Bem... lá tem um significado muito, mas muito maior!

Hoje, dia 22 de julho de 2013, Catherine, Duquesa de Cambridge (terceiro título de nobreza mais alto do Reino Unido, apenas atrás do de Rainha/Rei e Príncipe), deu a luz ao primeiro filho dela e de seu marido, Príncipe William, Duque de Cambridge, às 16 horas e 24 minutos (12:24 no horário de Brasília). O bebê é um menino que nasceu pesando 3,8kg. O bebê real ainda não teve o seu nome divulgado, diferentemente do nascimento de seu tio, o Príncipe Harry, que já teve seu nome anunciado logo após o nascimento. Já o avô do bebê, Príncipe Charles, só com um mês após seu nascimento seu nome tornou-se público. A previsão é que após a saída do hospital St. Mary, em Paddington (local de nascimento dos Príncipes William e Harry, filhos de Charles e Diana), o casal anuncie o nome do herdeiro. As maiores apostas (os britânicos adoram apostar), estão nos nomes de George (muito comum na Inglaterra) e James (nome do irmão da Duquesa). Só por curiosidade, o Brasil não costuma traduzir os nomes próprios em reportagens, enquanto Portugal o faz. Se o nome do bebê for George, em português seria Jorge. E se for James, em português sua tradução é Tiago.

Após esse momento de "cultura inútil" (mas nem tanto), continuemos...

Se para os brasileiros, o evento ou a mídia que se faz em cima disso, é exagerado, para os britânicos, o momento é de grande festa e extremamente válido! Vamos entender por qual motivo e perder um pouco do preconceito sobre o assunto, pois é muito comum chavões idiotas que falam de "mais um parasita", ou coisas piores. A falta de conhecimento gera tamanhos absurdos. Você não precisa ser monarquista ou concordar comigo, mas precisa ter conhecimento sobre o assunto para poder discordar de forma consistente e válida. Afinal, quão estúpidos são os britânicos, canadenses, holandeses, belgas, japoneses, dinamarqueses, suecos, espanhóis, etc. por manterem, em pleno século XXI, um sistema monárquico de governo, não? (Ironia Mode/ON - Talvez correto esteja o Brasil, em manter uma república tão corrupta).

O nascimento do "bebê real" é a certeza da continuidade da dinastia em vigor no Reino Unido. Em uma Monarquia Parlamentar, o Rei ou Rainha, cresce aos olhos da Nação, como aconteceu com William. Sabem o que significa? Um Chefe de Estado que está sendo preparado para exercer suas funções de Estado desde o seu nascimento, diminuindo drásticamente as chances de alguém incompetente subir ao cargo máximo de representante dos britânicos. O pai da criança é formado nas três Forças Armadas da Inglaterra e trabalha como piloto para a Aeronáutica. Ele tem, antes de todos, que dar exemplo à população. Tem que mostrar que há consequências de se nascer "Príncipe". Para os materialistas, ter de tudo é sinônimo de vida perfeita. Infelizmente são os de mente pequena. Crescer aos olhos de todos, sendo sempre vigiado por pessoas que esperam um mínimo de deslize para apontar, não deve ser fácil, mas em meio a tanta comoção e preparação, há como abdicar do cargo de Rei? Há sim, mas o peso de uma decisão dessa é inimaginável. Um sentimento de frustração tomaria conta do povo, mas que, irremediavelmente, viraria os olhos para o próximo da linha de sucessão, criado com o mesmo objetivo (por mais que nunca suba ao poder). Resumindo, ser Príncipe, é muito mais ônus do que bônus, em minha opinião.

Desde as últimas semanas, a Inglaterra estava agitada com a proximidade do nascimento do bebê. A jovem vida já recebeu, ao nascer, o título de Príncipe da Inglaterra e será o futuro rei do Reino Unido. Será, um dia, nomeado Chefe das Forças Armadas e Governador Supremo da Igreja da Inglaterra (Anglicana), além de, claro, Chefe de Estado e representante mor da População. É muita responsabilidade para quem ainda é um bebê, não? :)

Mesmo antes de nascer, o bebê real já tinha uma página extensa na Wikipédia e uma música foi feita em sua homenagem. O compositor real Paul Mealor criou a música Sleep On, segundo ele, para embalar a nova etapa da vida do casal. Confiram como a música é bonita:



Com o nascimento do herdeiro, a Linha de Sucessão ao Trono Britânico sofre leve alteração. O primeiro continua a ser Charles, filho mais velho da Rainha. O segundo continua sendo William, filho mais velho de Charles. E o terceiro, que era Harry, irmão de William, passa a ser o bebê, por ser primogênito de William. Harry, assim, vai para quarta posição.

O Rei ou a Rainha de uma Monarquia é o símbolo de união nacional. Em meio a todos os problemas que possam existir, uma Nação se amarra aos seus símbolos. Tivemos um recente exemplo na Bélgica. O (não mais) rei da Bélgica Albert II, renunciou ontem, Dia Nacional da Bélgica, em favor de seu filho, o agora rei, Philippe. Em meio a um país cheio de conflitos em relação à sua unidade, o momento de ontem foi de união, e por um momento, esqueceu-se das diferenças entre os grupos.

Voltando à Inglaterra...

Muitos foram às ruas, foram à frente do Palácio de Buckingham e a imprensa se postou à frente do St. Mary Hospital. Tudo no afã de conseguir informações sobre o nascimento do pequeno príncipe. Quando a acessora de imprensa da rainha saiu do hospital e colocou a mensagem que tudo estava bem, foi um júbilo nacional! Enfim, o bebê real tinha nascido e passava bem, assim como a mãe.

 "Sua Alteza Real A Duquesa de Cambridge deu a luz
hoje a um menino às 4:24pm.
Sua Alteza Real e seu bebê estão passando bem.
"
 - Tradução livre.

 Cartão do Google UK para homenagear a ocasião.
Através deles, internautas poderão enviar suas mensagens
de felicitações de qualquer parte do mundo.

 Multidão em frente ao Palácio de Buckingham

 Não importa a idade, o Reino está Unido!

 Muitas são as mensagens, no cartaz:
"Nós estamos orgulhosos de ter o Duque e a Duquesa
representando Cambridge"

Os bebês que nasceram hoje na Inglaterra receberão uma lembrancinha do The Royal Mint (órgão   do governo britânico responsável pela emissão de moedas). Duas mil e treze moedinhas de prata da sorte serão dadas de presente aos bebês ingleses nascidos neste dia. Segundo a tradição, uma moedinha de prata traz fortuna e saúde ao recém nascido.

 Para meninos e meninas.

O Primeiro Ministro Britânico David Cameron, fez o seu pronunciamento enquanto Kate estava dando a luz. Em suas palavras: "Estou certo de que pelo país inteiro e até fora dele, as pessoas vão estar celebrando e desejando o bem ao casal real. Têm sido anos memoráveis na Família Real. Um casamento que cativou o coração do povo, o magnífico jubileu e agora o nascimento real. E tudo isso de uma família que tem prestado a essa Nação um serviço incrível." (Tradução do G1)



O Bebê Real Brasileiro...
Muitos anos atrás, mais precisamente em 1825, no dia 02 de dezembro, nascia o primeiro bebê real brasileiro! D. Pedro II nasceu já como símbolo nacional e, arrisco dizer, de uma forma muito mais forte do que o herdeiro do trono britânico. Pelo andar da carruagem, o filho de William e Kate tem muito chão pela frente antes de se tornar rei. O nosso bebê real, órfão de mãe pouco tempo depois de seu nascimento, e órfão de pai já antes dos dez anos, foi "adotado" pela Nação. Uma história comovente e o bebê, por necessidade, teve sua maioridade antecipada. Aos 14 anos se tornou Imperador do Brasil.

Aclamado Imperador desde os cinco, D. Pedro II foi o símbolo máximo da união de nosso país. Muitas das revoltas separatistas que ocorreram na conturbada fase regencial, aconteceram, segundo alguns, pela falta de um Imperador no Brasil, visto que Pedrinho não tinha idade suficiente para assumir suas responsabilidades. Quando já tinha 14 anos, a situação no Brasil estava feia, e decidiu-se antecipar a maioridade do jovem Príncipe. Foi-lhe perguntado se queria assumir logo, ou se preferia esperar os 15 anos, e D. Pedro respondeu que queria já!

Tendo sido muito bem educado, tornou-se o Imperador filósofo, falava mais de dez idiomas (inclusive tupi, idioma tido como parte das raízes do Brasil) e foi exemplo de Chefe de Estado e Governo em todo o mundo. Segundo o Conde de Soderini, D. Pedro II, com exceção do Papa, seria a maior autoridade moral entre os homens da Terra. Histórias de um tempo em que o Brasil sabia preparar, desde o berço, a pessoa que um dia iria representar a Nação.

Muita coisa mais haveria para se falar da Família Real britânica. Informações que ajudam a quebrar o preconceito e a visão que se costuma ter da Família. Talvez eu o faça em outra postagem. A intenção dessa, é realmente de compartilhar a alegria do povo britânico com quem estiver lendo essas linhas.
 
Que Deus abençoe todos os bebês nascidos! E que a vida do bebê real inglês seja repleta de conquistas e felicidades! Que possa se tornar um soberano íntegro e que represente o seu povo de forma tão satisfatória como sua bisavó, a Rainha Elizabeth II.

Parabéns a William e Kate!

William e Catherine
Duque e Duquesa de Cambridge.

2 comentários:

  1. A CORRUPÇÃO VAI DESTRUIR A REPUBLICA BRASILEIRA NOS TEMOS QUE TER UMA NOVA FORMA DE GOVERNO QUE TENHA MORAL HONESTIDADE COMPROMISSO COM OS SEUS CIDADÃO , COMO NO CASO DO COMUNISMO ERA MUITO CORRUPTA ACABA ,DEMOCRACIA QUE DOMINADO PELO DINHEIRO ESTA SI ACABANDO , LOGO A REPUBLICA BRASILEIRA VAI CAI POR CAUSA DO ALTONIVEL DE CORRUPÇÃO

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  2. Muito legal seu texto. Também fiquei muito contente com o nascimento.
    Que inveja (sadia) eu tenho da monarquia britânica!
    Que maravilha deve ser, saber que não correm o risco de um aventureiro despreparado se candidatar a presidente e vencer.

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