sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Independência ou Morte!

 D. Pedro I

Ele foi um português de sangue Real e um brasileiro por escolha, bem como sua esposa D. Leopoldina, arquiduquesa da Áustria que adotou o Brasil (e foi adotada pelo povo) como seu país. O casal que deu a real origem as cores da nossa Bandeira (Verde, Casa Real dos Bragança; Amarelo, Casa Real dos Habsburgo), formaram, junto com o povo, o 1º Império dos Trópicos na América: o BRASIL. "Ele" era D. Pedro de Bragança e Bourbon.

Para quem não sabe, D. Leopoldina foi uma das maiores incentivadoras em prol da Independência do Brasil. Em outra oportunidade falarei mais sobre ela aqui no Blog. Como não posso comentar muitos pormenores sobre o processo de separação política do nosso País, limito-me hoje a comentar sobre o grande 7 de setembro.
D. Leopoldina

D. Pedro, então Príncipe Regente, vinha tomando decisões que desagradavam as Cortes Portuguesas, que já haviam partido de volta para Portugal. Em 09 de janeiro do ano da Independência, um documento organizado pelo Partido Brasileiro juntou nove mil assinaturas pedindo ao Príncipe que se negasse a obedecer as ordens vindas do Reino Português que exigia sua volta imediata. Ao ler o documento, D. Pedro assentiu em permanecer no Brasil. Foi neste dia e episódio que D. Pedro proferiu àquela frase: "Se é para o bem de todos, e para a felicidade geral da Nação, estou pronto! Diga ao Povo que eu fico!". Os contemporâneos estavam presenciando um dia que entraria para a História como um dia de importante avanço rumo à Independência. Era o Dia do Fico.

Aos poucos, as ações de D. Pedro mostravam claramente sua coragem e bravura de lutar contra as amarras de Portugal. A partir daí, o Príncipe demitiu o todo o Ministério composto por portugueses e admitiu um novo, composto só por brasileiros, sob a chefia de José Bonifácio.

Já em maio de 1822, D. Pedro decidiu que qualquer ordem que chegasse de Portugal ao Brasil só seriam executadas se houvesse sua expressa autorização. Em junho convocou uma Assembleia Constituinte, ou seja, o recado estava claro: o Brasil teria suas próprias leis, não mais estaria subordinado às leis portuguesas. Foi por essas e outras que D. Pedro recebeu o título de Defensor Perpétuo do Brasil pela Câmara do Rio de Janeiro.

No dia 07 de setembro de 1822, D. Pedro voltava de Santos e o correio lhe alcançou. Recebeu três cartas. Uma delas era de seu pai, o Rei D. João VI de Portugal, que exigia seu imediato retorno para a Europa sob pena do Brasil ser invadido por tropas portuguesas. Outra carta era de José Bonifácio, que dizia que chegara a hora do Príncipe tomar uma decisão. A terceira carta era de sua esposa, D. Leopoldina, e lhe aconselhava prudência.

Após ler as cartas, amassá-las e pisoteá-las, D. Pedro montou seu burro (provavelmente), cavalgou até a colina e gritou para sua guarda de honra:

"Amigos, as cortes de Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar... Deste dia em diante, nossas relações estão rompidas". Após arrancar a insígnia portuguesa de seu uniforme, o príncipe sacou a espada e gritou: "Por meu sangue, por minha honra e por Deus: farei do Brasil um país livre". Em seguida, erguendo-se nos estribos e alçando a espada, afirmou: "Brasileiros, de hoje em diante nosso lema será: Independência ou morte". Eram 4 horas da tarde de 7 de setembro de 1822.
D. Pedro foi coroado Imperador D. Pedro I e governou o Brasil por quase 10 anos.
O Brasil, depois de 322 anos, estava livre!

5 comentários:

  1. Livre? Saímos da tutela portuguesa para uma tutela inglesa (e depois americana, durante a República Velha)

    ResponderExcluir
  2. Caro Cognoscente,

    discordo! A ideia de se fazer pensar que tudo no Brasil sempre se deu com negociatas, por debaixo dos panos, e sem mérito algum, é algo criado com a intenção de não fazer o brasileiro gostar de sua própria história.

    Nós passamos a ter leis próprias, Constituição própria, soberania de Nação independente... se isso não é ser livre, não sei o que seria.

    Relações econômicas não são, a meu ver, fatores que privam um país de ser independente nos dias de hoje. Muito pelo contrário, a maioria dos países estão ligados economicamente.

    E me pergunto como o Brasil ficou sob a tutela inglesa e mantiveram relações diplomáticas rompidas por dois anos no Segundo Reinado, só voltando a manter relações com as desculpas oficiais da Rainha Vitória e do Reino Unido ao D. Pedro II e ao Brasil. Pesquisar: Questão Christie.

    Um abraço e obrigado pelo comentário!

    ResponderExcluir
  3. Tô acessando atrasado, mas parabéns pelo post, ficou bem legal :D

    ResponderExcluir
  4. Putz, sseu nível de conhecimento cada dia mais me deixa estuperfato!!!! Você esta de muito parabens mesmo!!! Me orgulho!!!!

    E é muito bom lembrar a nossa história, eu tenho memória ruim, esqueço, principalmente dos detalhes!!!!!

    Agora revivo tudo, e com um olhar mais crítico sobre nosso passado!!!

    Parabens!!!

    ResponderExcluir
  5. Caro Tronn,

    que bom que você tira um bom proveito das postagens deste Blog! Fico sempre feliz com seus comentários!!

    ResponderExcluir