domingo, 1 de abril de 2012

1° de Abril - Dia da República


O dia 1° de Abril é famoso por ser considerado o DIA DA MENTIRA! Disso todo mundo sabe. E cá estou eu, cidadão que ama o Brasil, para fazer uma comparação a qual julgo justa! Será que se tornássemos o 1° de abril o Dia da República, as pessoas seriam contra?

A República começou com uma mentira. Com um Golpe de Estado. Com uma paulada na Constituição. Com um "apoio" popular pregado nos livros de História que simplesmente não houve. Nos seus cinco primeiros anos, vivemos uma espécie de ditadura militar com Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, onde a primeira Constituição republicana já fora ferida também, visto que Floriano assumiu como a presidência por ser vice de Deodoro, mas a Carta Magna previa que o vice só assumiria se o presidente eleito governasse por pelo menos metade do mandato, coisa que não ocorreu, então o correto era se convocar novas eleições.

Após a chamada República da Espada, iniciou-se a República das Oligarquias. Até o ano de 1930 as eleições era calcadas nas fraudes e... mentiras! Não havia real concorrência e tudo nada mais era do que um jogo marcado. (Qualquer semelhança com o presente pode não ser mera coincidência)

Saímos então para a Era Vargas. Vargas coseguiu a façanha de dar dois Golpes de Estado. O primeiro ao ser levado ao poder pela revoluçõ de 1930, quando havia perdido a eleição para Júlio Prestes, e o segundo em 1937, quando inventou uma mentira (Plano Cohen) para ter o apoio da população e permanecer no poder. Lutamos na II Guerra Mundial contra as ditaduras europeias, vivendo uma ditadura sob o comando de Getúlio no Brasil. Ê mentira descarada...

Após a Era Vargas, vivemos a República Populista. A República demagógica. Candidatos e presidentes ficaram conhecidos pela ação de enganar o povo com suas promessas (mais tarde não cumpridas) e imagens de bons moços.

Em 1964 entramos numa guerra civil. Os militares mentiram ao dizer que não havia censura nem perseguição, e os grupos armados mentiam ao dizer que lutavam pela liberdade e pela democracia.

E por fim, para coroar o "Dia da República", a chamada "Redemocratização". A maior das mentiras ainda está em voga. A mentira de que vivemos em um país democrático, com liberdade de expressão e pensamento.

Esta é a minha contribuição para o 1° de Abril. Se fosse parlmentar, transformaria essa ideia em um projeto de lei, visto que há tantos projetos inúteis para se criar datas comemorativas. Que seja instaurado então, ao menos entre os Monarquistas e descontentes com a República: 

HOJE É O DIA DA REPÚBLICA DO BRASIL!

5 comentários:

  1. Muuto coerente a proposta, embora alegórica. Concordo que o "dia da mentira" simbolize a República brasileira,embora tenha havido bons momentos, como o Governo de JK e alguns governos no regime militar, especialmente Castelo Branco, Geisel e Figueiredo. Este último valente que ele só. Todos honrados, probos e honestos. O início da República foi marcado por regime de exceção (Deodoro e Floriano, em permanente estado de sítio e as garantias constitucionais suspensas. Floriano mandou executar por fuzilamento dezenas de adversários políticos em Santa Catarina ao tempo da Guerra Civil de 1893-95.
    Getúlio tomou o poder prometendo uma constituição. Só a fez após a Revolta Constitucionalista de São Paulo, com a morte de muias pessoas e o bombardeamento da cidade de São Paulo. Em 1937, implantou o Estado Novo, na mesma onda de ditaduras totaçitárias como a de Hitler, Stalin Franco, Salazar, Perón. Prisões, banimento de funcionários para a selva, exílio de políticos, térmimo da federação brasileira, extinção dos Estados, com aqueima de suas bandeiras, culto à personalidade do líder (fuhrer). Depois, quando voltou pelo voto, teve de se suicidar de vergonha pelos escândalos de corrupção e crimes que sua família havia perpetrado.

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  2. O engraçado é você Rodrigo, chamar o governo militar 18889 de ditadura e dizer que a ditadura de 1964-1985 não era ditadura, dois pesos e duas medidas.
    Quanto a tal democracia completa, ela nunca existiu no Brasil, no tempo do Império, tínhamos a escravidão, 90% da população analfabeta e pobre e uma minoria que abarcava boa parte das rendas nacionais. Nunca em tempo algum da história brasileira, o povo foi cidadão, sempre viveu sob o chicote dos coronéis (no Nordeste) e dos senhores cafeicultores.
    Embora indiscutivelmente temos mais "liberdade" que nunca ocorreu em tempo algum da nossa história, ela não é completa, pois a injustiça corre frouxa neste país, os crimes de colarinho branco não são punidos, a bandidagem corre solta até onde não devia correr, ou seja, nas altas esferas da justiça.
    O trabalho do STF é acobertar o saque aos cofres públicos e tentar coibir qualquer tentativa de moralizar o sistema (como aconteceu no caso da soberania do CNJ).
    Por outro lado, vivemos uma ditadura da mídia, que com só retrata o que é de seu enteresse, pois como já dizia Roberto Marinho, o falecido dono da Globo, "O importante não é o que a Globo noticia, mas o que ela não mostra".
    Para finalizar, enquanto a distribuição de renda no Brasil não se tornar justa (20% detêm 45% do PIB) não chegaremos a lugar nenhum, não importando o regime que tenha o país.

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    1. Caro Cognoscente,

      se ler com cautela o meu texto vai perceber que falo em uma "espécie de ditadura militar", não creio que tenha sido uma ditadura propriamente dita. Da mesma forma que encaro o período de 1964 até 1985 como uma espécie de ditadura, mas que também não foi uma ditadura propriamente dita. Eu entendo 1964 como um Golpe de Estado necessário (que diferentemente de 1889 teve todo o apoio popular) para evitar um Golpe ainda mais forte. Foi um Golpe que antecedeu outro. Claro que o melhor era não ter nem um, nem outro. Mas dentre os dois, eu fico com o primeiro.

      Sobre a liberdade, sim... acho que nunca vai existir um país que tenha isso da melhor forma possível, mas eu não compreendo a utilização do argumento da escravatura. Neste blog há uma série de postagens sobre o Império ABOLICIONISTA, onde mostro como sempre foi interesse do Império o fim da escravidão. Se não houve um decreto de algum D. Pedro, foi justamente porque não éramos uma monarquia absolutista e o Imperador, mais do que qualquer outro, deveria prezar pela Constituição. A proposta deveria passar pelo Congresso, e nesse sentido, o Imperador Pedro II e sua filha fizeram tudo o possível para derrubar esse passado negro do Brasil. Só um cego não vê. Ou um cego, ou pouca leitura.

      Em fins da década de 1860 éramos um dos países mais democráticos do mundo, 10% da população podia votar. Naquela época isso era bastante raro em países, até mesmo nos europeus.

      Além do mais, o governo imperial não proibia a manifestação republicana nos jornais. Enquanto a República, até nossa última constituição, proibia o agrupamento e difusão de ideias monarquistas.

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  3. Ah, ia me esquecendo, o Império caiu porque D. Pedro II foi contra os interesses dos barões de café, se não tivesse destratados os militares e nem sua filha ter libertado os escravos, ainda estaria no poder, pois na nossa história sempre que um governo vai na direção contrária aos donos do Brasil se dá mal, vide o quase golpe de 1954 e o golpe de 64, pois sempre terão o capitão-do-mato (exército) para socorré-los para mandar chibata nos escravos (nós, o povo).

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